A estenose é um estreitamento do canal medular, onde passa a medula espinhal e os nervos. O estreitamento pode acontecer por várias razões, ocasionando uma compressão nos nervos da região.
Estenose Lombar
A coluna vertebral é composta por inúmeras estruturas, entre elas estão os ossos das vértebras, os discos intervertebrais e, dentro dos orifícios dos ossos vertebrais, temos o canal medular com nervos e ramificações nervosas da coluna.
A coluna vertebral pode ser dividida em três grandes áreas:
- Cervical, que envolve o pescoço e a nuca;
- Torácica, localizada no meio das costas;
- Região lombar, abrangendo o final da coluna.
A estenose é um estreitamento do canal medular, onde passa a medula espinhal e os nervos. O estreitamento pode acontecer por várias razões, ocasionando uma compressão nos nervos da região.
O que é estenose lombar?
A estenose do canal vertebral lombar é definida pela diminuição do espaço central da coluna que contém as raízes nervosas na região lombar, constituída por 5 das 33 vértebras da coluna vertebral.
A diminuição do diâmetro do canal vertebral, ocasionado pelo aumento de estruturas ósseas e dos ligamentos, denominado hipertrofia, causa a compressão das estruturas nervosas lombares, podendo gerar vários sintomas.
Sintomas da estenose lombar
Os sinais da estenose lombar apresentam sintomas de acordo com o local da compressão do tecido neural. Podendo haver dor lombar, além de dor e desconforto quando o paciente permanece em pé, em extensão da coluna vertebral e principalmente ao caminhar.
Os sintomas podem diminuir ou cessar quando o paciente estiver sentado por alguns minutos, pois na posição ereta o canal vertebral terá a área diminuída ao contrário do que acontece quando sentamos, onde o canal vertebral aumenta seu diâmetro.
Por ser uma doença degenerativa de evolução arrastada, a sintomatologia também tem caráter lentamente progressivo. No início o paciente apresenta dificuldade para caminhar distâncias longas, ao passar o tempo evolui para dores com caminhadas cada vez mais curtas até chegar ao momento que simplesmente ficar em pé causa muita dor.
Além da dor, podem apresentar parestesia dos membros inferiores, fraqueza muscular e diminuição dos reflexos. Em alguns casos pode ocorrer formigamento na região das pernas e em casos mais graves podendo acometer o trato urinário, fazendo o paciente ter dificuldades de urinar ou até a perda da capacidade de controlar a urina.
O mesmo pode acontecer com a função intestinal, a chamada síndrome da cauda equina. Esse é um quadro em que existe a perda do controle da função urinária e fecal, envolvendo intervenção médica urgente e imediata.
Tipos de estenose lombar
A estenose lombar pode ser congênita, quando presente ao nascimento, ou adquirida, vinda do envelhecimento e de doenças degenerativas que afetam a coluna vertebral.
Conforme sua localização, ela pode ser: central, lateral, foraminal e extra-foraminal. A classificação correta é fundamental para estabelecer o tratamento correto.
Tratamento
O tratamento deve ser individualizado para cada paciente e a sintomatologia que apresenta. Exceto em situações de urgência que apresentem déficit neurológico agudo ou progressivo, ou seja, perda de força muscular considerável ou alteração esfincteriana (perda de controle na urina e fezes).
Inicialmente o tratamento conservador, como a fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e tratamento medicamentoso são os mais indicados. Aqueles pacientes que apresentarem persistência aos sintomas de dor ou limitação funcional são candidatos ao tratamento cirúrgico.
Fatores de Risco para Estenose Lombar
O envelhecimento acaba sendo o principal fator de risco, uma vez que os casos de estenose adquirida estão associados em grande parte com a idade, aumentando as chances de desenvolver a doença após os 50 anos.
Traumas na região das costas, como esportes ou hábitos que sobrecarregam a musculatura das costas representam fatores de risco.
Assim, é fundamental buscar um diagnóstico médico e realizar o tratamento adequado para cada paciente.
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